10 tendências improváveis que vão despontar nos próximos anos
- Tais Bahov
- 26 de ago. de 2022
- 3 min de leitura
Multiverso, instant knowledge, revivalismo. Você tem ouvido alguma dessas palavras ultimamente? Para entender esses conceitos e o que mais deve vir por aí, nós conversamos com Karen Klas, fundadora da puk.ka hub de insights, sobre o festival SXSW deste ano. Esse festival é um berço de tendências e com a ajuda da Karen - e das diversas falas que ela ouviu durante o evento, entre elas a de Rohit Bhargava, fundador da Non-obvious - nós listamos aqui 10 tendências improváveis que devem se desenvolver nos próximos anos.
1: Multiverso
É a possibilidade de criar diferentes avatares no metaverso, com diferentes personalidades, de acordo com o momento ou com o local onde você esteja. “É como se você virasse várias pessoas”, explica Karen. “E a Amy Webb ainda provocou, dizendo que um dia você vai poder mandar um avatar buscar a sua filha na escola, mas qual avatar? Em quem você confia mais?”.
2: Fluidez de gênero
A separação rígida entre gêneros está cada vez tênue e fluida. Esse movimento se traduz nas diferentes possibilidades de expressão de gênero que existem hoje em dia, no lançamento crescente de roupas agênero, na divisão cada vez mais sem sentido entre as sessões de brinquedos para meninas e para meninos, por exemplo.
3: Conhecimento instantâneo
O acesso ao conhecimento é cada vez mais fácil, rápido e sob demanda. A gente consegue aprender o que quiser hoje em dia, com o apoio da internet. Como vão ficar, então, os cursos de graduação no futuro? E como podemos ajudar outras pessoas a aprenderem coisas cada vez mais rapidamente?
4: Revivalismo
É a ideia de resgatar o passado para nos sentirmos mais seguros, porque ele inspira confiança. “Sempre que a gente pensa nas tendências, elas não são completamente diferentes de coisas que a gente vem vendo há 20 anos. A gente fala de nostalgia, back to basics, essas coisas já vêm sendo faladas há muito tempo” lembra Karen.
5: Modo humano
É o resgate das conexões humanas de verdade. Olhar para as pessoas acima da tecnologia. “Um dos exemplos que ele deu, e que eu achei genial, é o de uma marca de cosméticos que fez uma sinalização em alto-relevo para diferenciar xampu de condicionador, pensando em deficientes visuais. Mas quem não se beneficia disso quando está com o olho cheio de xampu, no box?”, questiona Karen.
6: Riqueza da atenção
Há muita informação disponível e nosso tempo está cada vez mais curto. A consequência é que conquistar a atenção das pessoas é algo cada vez mais valioso. E da pra fazer isso com conteúdo profundo, de qualidade, e também com ações criativas e inusitadas, como o museu dos cheetos peculiares.
7: Lucro com propósito.
O foco, aqui, é reduzir a quantidade de insumos necessária para produção, de qualquer produto. É sobre reaproveitar, fazer troca, fazer o produto voltar e também sobre políticas de remuneração justa e fair trade, por exemplo.
Um desdobramento dessa mentalidade são os concorrentes que atuam em colaboração. “Alguns entendem que há questões muito urgentes a serem resolvidas, e que demandam colaboração. É outra mentalidade. Você abre seu fornecedor para o seu concorrente. É claro que querem se destacar no mercado, mas elas têm um objetivo maior e para alcançá-lo, precisam trabalhar juntas”.
8: Abundância de dados.
Dizem que 90% dos dados do mundo foram produzidos nos últimos dois anos. É uma avalanche! E para lidar com isso, o segredo é saber fazer as perguntas certas para extrair informações realmente úteis.
9: Tecnologia protetora.
Trata-se do uso da tecnologia para antever problemas e de certa forma nos proteger. O que levanta questionamentos sobre privacidade, afinal, inteligência artificial funciona a partir de dados. E podem surgir soluções inusitadas – como um sensor de forno que detecta se a comida está pronta e não deixa que ela queime – ou mesmo inúteis, como um “cheirador” de comida, que detecta se ela está estragada (“porque aparentemente a gente não sabe mais usar o próprio nariz”, ironiza Karen).
10: Fluxo comercial
A linhas que separam indústrias e categorias são cada vez menos claras, o que abre espaço para inovação e expansão. Como no caso da fábrica de lápis de cor que investiu em produzir bases para diferentes tons de pele. “No fundo, os dois negócios tratam de colorir, não?”, resume Karen.
E aí? Em qual dessas tendências você mais aposta?
Para ouvir mais sobre essas tendências e outros aprendizados e peculiaridades do SXSW, ouça nosso podcast: https://open.spotify.com/episode/5i628XKi3EctwiVtpwR9Eb?si=3a7a8d2ba5be4e2c
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