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Você já ouviu falar em biomimética?

  • Foto do escritor: Tais Bahov
    Tais Bahov
  • 25 de mar. de 2022
  • 2 min de leitura

O design aliado aos processos naturais pode resultar em um envolvimento emocional entre marcas e consumidores.


O nome Biomimética vem de bio, que significa vida, e mimesis, que significa imitação. Ele se refere a uma disciplina que procura entender a natureza – seus elementos, organismos e processos – para usá-la como inspiração na criação de produtos e serviços e como modelo na resolução de problemas.


A ideia não é nova e já foi usada por Leonardo DaVinci que, observando a anatomia do voo das aves, esboçava máquinas voadoras. Mas mais recentemente vem se tornando popular entre quem trabalha com inovação, gestão de negócios e, também, comunicação e design.

Pensamento curioso

Os princípios da biomimética são a curiosidade e o questionamento. Parte do pressuposto de que é preciso investigar a fundo as questões, entender suas causas e relacionamentos. Porque na natureza nada fica de fora. Tudo está integrado a um sistema maior.


Esse sistema funciona melhor com equipes multidisciplinares, com profissionais de formações e experiências diferentes. E pode ser aplicado tanto a questões tangíveis, como produto, ferramenta ou projeto, como a questões intangíveis, como definir estratégias de negócios. Alessandra Araújo (fundadora do Biomimicry Brasil e do bio-inspirations) disse para a V2COM que “a biomimética é um modelo de criação, uma forma de pensamento. E, em razão disso, ela é aplicada e aplicável em qualquer área e em qualquer setor.”


Biomimética como modelo

O termo biomimética surgiu pela primeira vez com o engenheiro americano Otto Schmitt para substituir outro termo mais antigo, bionics, criado pelo psiquiatra e engenheiro Jack Steele para se referir à “ciência dos sistemas que têm algumas funções copiadas da natureza”.


Nos anos 1950, o acadêmico norte-americano Otto Schmitt passou a usar a expressão em inglês, biomimetics, para descrever a transferência de ideias da biologia para a tecnologia. Em 1974 essa palavra entrou para o Dicionário Websters e, em 1982, passou a ser usada como biomimicry.


Popularizou-se nos anos 1990 com a cientista Janine Benyu, que escreveu o livro Biomimicry: Innovation Inspired by Nature (em português: Biomimética: Inovação Inspirada pela Natureza). Janine fundou as empresas Biomimicry 3.8 e Biomimicry Institute, que oferecem consultoria sobre o tema.


Foi Janine quem desenhou um método para utilização da biomimética na criação. Haveria duas possibilidades:


- A partir de um problema real, investigar como a natureza soluciona questões semelhantes.


- Olhar para um fenômeno natural e imaginar de que forma ele pode ser reproduzido em produtos e outras soluções. Os treinamentos passam por períodos de imersão em áreas verdes, para observação e inspiração.


Como aplicar a biomimética à comunicação

Já sabemos que usar a natureza como inspiração gera uma sensação de bem-estar e felicidade. Além disso, ao aplicar o conceito em peças de comunicação e embalagens é possível transmitir mensagens importantes sobre a marca, como, por exemplo, seu posicionamento sobre o assunto sustentabilidade.


Podemos citar aqui um exemplo interessante do uso da biomimética na comunicação: a criação da logomarca das Olimpíadas, sediadas no Rio de Janeiro em 2016. Fred Gelli, da Tátil, se inspirou no Pão de Açúcar para fazer o desenho tridimensional.


Vale a pena ficar de olho nesse conceito e em como sua aplicação tem a capacidade de gerar uma forte conexão emocional e surpreender as pessoas.

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